Sunday, June 11, 2006

TÍTULO DE ELEITOR-1918


Título de eleitor do meu avô materno, Sr. Dimas de Paula Bauer, de 1918.
Prof. Nelsinho

Saturday, June 10, 2006

CARTA DE CARROCEIRO


Na primeira metade do século XX para se dirigir uma carroça era necessário uma habilitação (carta de cocheiro - carroceiro - carreiro) que era expedida pela Prefeitura Municipal, depois de um exame prestado pelo pretendente. Havia uma prova prática, na qual o futuro carroceiro deveria mostrar sua habilidade a um perito nomeado pelo Sr. Prefeito Municipal. Uma vez aprovado no exame, o agora carroceiro recebia a sua carta de habilitação.
(Carta de carroceiro de meu pai, Sr. Francisco de Luccas- 1936)`
Prof. Nelsinho

Tuesday, June 06, 2006

MÃE


Espero que um dia, como semente,
Em teu espiritual ventre eu adentre
E possa sentir novamente
A paz que em vida me deste.

Quando dentro de ti eu vivia
Desde o mais breve momento
O amor que por ti eu sentia
Gigante já era, eu sabia.

Em teu colo divino, quantas vezes
Me aninhei de mansinho,
Teu toque, meu Deus que carinho!
Carinho que só o sonho me trás.

Agora que a vida fenece
E tu faltas aqui na matéria
A tristeza as vezes me invade
Teu espírito porém me conforta.

Monday, June 05, 2006

MULHERES













Dizem que Flora chora
E de seu rosto a dor aflora
Dizem que Ana ama
E quando ama, só cama.

De Claudete nada falam
Quando passa todos calam
Não sei porque Carola
Ao andar tanto rebola.

Sueli? Ora, Sueli só ora
Ora, ora e não namora,
Quem namora é Cora,
Cora namora e não cora

Marli sorri e só ri,
Ri, ri e vive aérea.
Marcia é muito séria,
Francisca um colibri.

Margarida, flor da inspiração,
Rosa, o amor no coração
Angélica uma linda canção,
Adriana, que belo violão.

Leila muito que fala,
Pra sua boca não há tampa
Pra seu corpo uma campa
Pra sua língua uma vala.

As Marias são tantas,
Do Rosário, Carmo, Aparecida,
Muitas são da vida
Quantas são as santas.

Gema, pedra preciosa
Que o supremo Criador,
Pra me dar vida gloriosa,
Fez dela meu grande amor.


Prof. Nelsinho

UTOPIA








Jamais pensei que um dia,
Ungido num sonho eu seria,
Do bálsamo que de ti exala,
Inflama minh'alma e abala.

Junto a ti o céu eu teria,
Unijugado como o poeta diria,
Divinal utopia me embala,
Inepto sou, perdão por essa fala.

Quimera

Creia-me ó mundo
Revelo um amor profundo
Inglório porque quimera
Sincero, mas quem me dera!

Cravou-me o peito essa chama
Raio que fere e inflama
Irrogar sobre ti não consigo
Só me resta sofrer como amigo.

O ANALFABETO POLÍTICO

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio, dependem de decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo"

Bertold Brecht

Sunday, June 04, 2006

PARLENDAS

O advento da televisão, dos jogos eletrônicos e dos computadores trouxe, a par de outras, grandes transformações no comportamento das crianças. A maior parte das brincadeiras infantis que permaneceram vivas por muitos anos, praticamente estão desaparecidas ou tendem a desaparecer. Desse nossso populário, as parlendas figuram entre as mais interessantes. São brinquedos de canto e de roda, canções de ninar, rimas infantis, algumas com finalidades mais ou menos didáticas, que são chamadas de "mnemónias" por Luís da Câmara Cascudo.
Vejamos algumas dessas reminiscências:

O dedo mindinho
"Dedo mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura bolo, mata piolho".

Advinha para pegar tolos
"Paca tatu, cotia não".

Outras quadras
"Fui no mato cortar lenha, capim cortou meu pé, amarrei com fita verde, cabelinho de José"
"No alto daquele morro, tem um pé de pimenteira, já me dói o céu da boca, de beijar moça solteira".
"No alto daquele morro, tem um velho pra morrer, os corvos estão dizendo, vai ter carne pra comer".
"Bateu meio dia, panela no fogo, barriga fazia, macaco pelado, saiu da Bahia, fazendo careta pra dona Maria".

Também, entre os brinquedos infantis vale a pena lembrar jogos de palavras, trotes, ditos, frases com sentido ambíguo etc.
"Que há de novo?
Muita galinha e pouco ovo".
"O que é isso?
Chouriço, carne de porco sem bicho".

Para dar trotes
"Abre a boca e fecha os olhos".

Frases
"Pinga a pipa, pia o pinto; o pinto pia, a pipa pinga".
"Quando digo Diogo, não digo Diogo, digo digo e quando digo digo, não digo digo, digo Diogo".
"Sol e chuva, casamento de viúva".

Amanhã é domingo
"Amanhã é domingo, pé de cachimbo, o cachimbo é de ouro, bate no touro, o touro é valente, bate na gente, a gente, a gente é 'fraco', cai no buraco, o buraco é fundo, acabou-se o mundo".

Prof. Nelsinho

PROCURAM-SE ESCRAVOS FUGIDOS

Anúncios extraídos de jornais do século XIX)

50$000 de gratificação
Fugiu de Francisco Antonio Ribeiro, de sua chácara do rio Cumprido na vila de Serra uma sua escrava de nome Benedita, altura baixa, cor de formiga com dois dentes tirados na frente, com uma cicatriz debaixo do queixo, muito civilizada, e com um dedo da mão direita aleijado por ter sofrido de um paranisço, desconfia-se andar pelos sertões da mesma vila ou por esta cidade procurando essas pessoas que costumam dar asilo a escravos fugidos para os comprar por força e a troca do barato: quem dela der notícia pegá-la, mete-la na cadeia, ou entregá-la nesta cidade ao Sr. Antonio Francisco Ribeiro, ou na vila da Serra a seu Sr. será gratificado com quantia acima, e protesta-se com todo rigor das leis contra quem a tiver acoitado.
***

Protesta-se com todo rigor das leis quem tiver dado, e der coito à escrava do abaixo assinado, fugida de seu poder na freguesia do Queimado desde 7 de fevereiro do corrente ano: e gratifica-se, conforme o trabalho de captura, a quem a prender, e levar ao dito seu senhor ali, ou metê-la nas cadeias da capital. Essa escrava chama-se Roza, é parda, magra, baixa, anda sempre de vestido, porque foi criada no mimo, tem cabelo de pico, um tanto estirado hoje à força de pentes, cose de grosso, e é boa rendeira. Levou uma filha de sua cor, que terá pouco mais de um ano de idade.
O Padre Duarte.
***



Fugiu no dia 4 de outubro de 1857, da chácara n.5 da rua do Marahy, em São Cristóvão no Rio de Janeiro um escravo do senador Alencar , de nome Luiz Telles, pardo escuro; tem de 40 anos para cima mal encarado e falto de dentes na frente, tem uma enruga na testa, andar apressado e passadas curtas, finge-se às vezes doido, tem fala trêmula, com vizo de estuporado; é muito ladino e astuto, anda com cartas dizendo que vai com elas apadrinhado apresentar-se a seu Sr.; inculca-se pedestre algumas vezes. Quem o apreender, e fizer dele entrega aonde possa ser recolhido à cadeia para ser entregue a seu Sr. receberá 40$rs. de gratificação, além das despesas; será tudo pago a quem nesta Tipographia o apresentar com o competente documento.
***

Professor Nelsinhoprofnelsinho@hotmail.com

DO FUNDO DO BAÚ - III

A edição nº 3 , de 8 de outubro de 1955, do jornal “CORREIO DE CAPIVARI”, publicava o resultado das eleições para presidente da República, prefeito e vereadores realizadas em 3 de outubro em Monte Mor:

“RESULTADO OFICIAL DAS ELEIÇÕES DE 3 DE OUTUBRO
Nos municípios de Monte Mor e Elias Fausto.
MONTE MOR
Para Presidente da República
Adhemar de Barros 1141 votos
Juarez Távora 1116 votos
Juscelino Kubitschek 53 votos
Plínio Salgado 45 votos
Para Vice-presidente da República
Milton Campos 1125 votos
Dalton Coelho 1068 votos
João Goulart (Jango) 97 votos

Para Prefeito
Fued Maluf 1229 votos
Benedicto Santos 1169 votos
Para Vice-Prefeito
Antônio Gonçalves Netto 1229 votos
Antônio Milan 1169 votos

Para Vereador
PARTIDO SOCIAL PROGRESSISTA
Antônio Guilherme da Costa 41
Antônio de Luccas 56
Antônio Milan 82
Antônio Paviotti 98
Armando Clemente 80
Bonafede Georgetti 48
Guilherme Carlos Stroh 33
Ignácio de Almeida 64
José Garcia 66
José Giatti 104
Lázaro Lirani 202
Segundo Coradelli 29
Vicente Rodrigues 153
Vitório Giatti 83

UNIÃO DEMOCRÁTICA NACIONAL
Antônio Sproesser 182
Augusto Paulo Sander 35
Benedito Matheus Filho 132
Carlos Luís Steffen 26
Elias Massud Dr. 248
João Benedito de Aguirre 54
João Mendes 65
José Maluf 130
José Presta 49
José Ross Matheus 77
Laurindo Caetano de Andrade 48
Luís Pazin 41
Mário Gomes Carneiro 76
Onofre Baldiotti 93


Prof. Nelsinho

DO FUNDO DO BAÚ - II

AUDACIOSO ASSALTO EM UM ESTABELECIMENTO
COMERCIAL EM MONTE MOR

“MONTE MOR, 27 (Do correspondente, pelo telefone) – Audacioso roubo foi praticado esta madrugada na casa comercial ‘São Jorge’, de propriedade do sr. Salomão H. Baruque. O assaltante ou os assaltantes galgaram primeiramente o muro externo da rua Marechal Deodoro, alcançaram a cismalha do prédio, removeram as telhas, quebraram duas ripas e, com a ajuda de uma prateleira, ganharam o solo. Uma vez ali, trataram logo de por em ação os seus planos de assalto. Munidos de uma vela, primeiramente dirigiram-se à escrivaninha e, usando a chave que o proprietário do estabelecimento havia esquecido sobre a mesma, vasculharam as gavetas , apoderando-se da importância de 7 mil cruzeiros que ali se encontravam.
Junto à porta do estabelecimento, por onde se evadiram os ladrões, foi encontrado um saco de estopa com os seguintes objetos: meia dúzia de canivetes grandes; 4 canivetes pequenos; 1 par de tênis; 27 calças feitas, de diversas cores e números.
Os ladrões carregaram consigo 33 calças feitas, de brim listrado-escuro e caqui; 2 aparelhos de Gilete e lâminas.
A polícia esteve no local certificando-se do ocorrido e está no encalço dos larápios”. (JORNAL DE SÃO PAULO, quarta feira, 28 de janeiro de 1948, ano III, nº 808, página 9).

Prof. Nelsinho.
Profnelsinho@hotmail.com

DO FUNDO DO BAÚ - I

LEI Nº 29


Antônio da Costa Pinto Silva, presidente da Província de São Paulo.

“Faço saber a todos os senhores habitantes que a assembléia legislativa provincial decretou e eu sancionei a seguinte lei:

Art. I – Fica elevada a cathegoria de villa de Monte Mor a freguesia de Água Choca.
§ Único – As divisas entre o município de Capivary e o de Monte Mor serão as seguintes: partirão do ribeirão ‘Carneiro’ e descerão por elle até a sua confluência no rio ‘Capivary’; seguirão o curso deste até em frente do morro ‘Escrutador’ e subindo pelo morro em linha recta irão ter ao caminho do sítio de João Vaz; proceguirão por este caminho até o sítio de Manoel Vaz e dahi sahirão na estrada que de Monte Mor vae á “Constituição” e continuando pela estrada terminarão na fazenda do capitão Salvador Nardy, ficando porem esta fazenda a pertencer ao município de Capivary.
Art.II – Os habitantes da nova vila de que trata a presente lei ficam obrigados a Construção de cadeia e paço da prefeitura, sem o que não se verificará a instalação da villa.
Art. III – Revogam-se as disposições contrárias.
.......................................................................................................................................
Dada no palácio do Governo de S. Paulo aos vinte e quatro – 24 – dias do mez de março do anno de mil oitocentos e setenta e um – 1971”.
Antônio da Costa Pinto Silva.

*****

A primeira eleição `a Câmara Municipal de Monte Mor, realizada em 1872 apresentou o seguinte resultado em nº de votos :
- Antônio Theodoro Leite de Oliveira – 113
- Francisco Pacheco de Toledo – 103
- João de Campos Souza – 101
- Luciano José do Nascimento – 100
- Joaquim Caetano Gomes Carneiro – 85
- Manoel Joaquim de Almeida – 72
- Antônio Galvão de Barros Leite – 59
- João Galvão de Barros França – 45
- Francisco Leopoldo Borges – 32
- Manoel Joaquim de Toledo – 27
- Tristão Manoel Rodrigues – 26
- Joaquim Pinto de Oliveira – 17
- Joaquim da Rocha Penteado – 16
- João José Rodrigues – 2
- Antônio Manoel Rodrigues – 2
- João de Souza Campos – 2
- Domingos Ferreira Alves – 2
- Joaquim Galvão de Barros Leite – 1
- José Ferreira Alves – 1
- Antônio Leite de Oliveira – 1
- Joaquim Caetano Gomes de Andrade – 1
- Hermenegildo de Moraes Silva – 1
- Luciano Teixeira Nogueira Junior – 1
- Constâncio Arlindo da Silva – 1
- João Vaz do Amaral – 1

É bom lembrar que nessa época a forma de governo no Brasil era Monarquia. O imperador era Dom Pedro II, e a Constituição em vigor era de 1824, a primeira do Brasil, outorgada por Dom Pedro I. Nessa época o voto era censitário, ou seja, para votar a pessoa devia ter uma determinada renda anual. Portanto eram poucos os que tinham o direito de voto.

Fonte: Jornal “O PROGRESSO” – 1921 – texto original.
Prof. Nelsinho
profnelsinho@hotmail.com

O HOMEM E A ÁGUA

O corpo humano é constituído em 70% de água. Um adulto, de 80 quilos, cujo corpo não tivesse água, pesaria aproximadamente 24 quilos. Mas isso seria impossível, porque a água é fundamental, não só como componente estrutural, mas como parte constituinte e obrigatória das células. Tem ainda um papel importante como veículo no transporte de substâncias dissolvidas para dentro e fora do organismo e de todos os órgãos. Devido sua extraordinária capacidade de dissolver todo tipo de substância, além de sua incrível mobilidade, a água ainda exerce funções importantíssimas no sangue. Atravessa com facilidade as membranas das células, conduzindo substâncias na excreção ou, ainda regulando a temperatura , através da transpiração.
A água é, portanto, fundamental para a vida. Mas não é só a quantidade que importa, a qualidade também deve ser muito considerada. Ela não pode conter substâncias estranhas que possam comprometer o funcionamento das células e órgãos. Ainda não pode transportar microorganismos patogênicos. Quando a água de um manancial, seja ele um rio ou uma represa ou mesmo do subsolo, não é bem protegida ela pode se contaminar e transmitir várias doenças.
A contaminação da água se dá durante seu retorno para a natureza, depois de usada. O caminho de volta, pode ser mais longo ou mais curto, mas é inevitável.
Até meados do século XIX, aproximadamente, as cidades não tinham redes de esgotos. As águas utilizadas, especialmente nos sanitários , eram depositadas em fossas no interior das casas e periodicamente eram retiradas e levadas para reservatórios públicos, chamados pelos franceses de voiries, onde permaneciam secando. A massa resultante era retirada e usada na agricultura como adubo.
Foi na Inglaterra que o sanitarista SirEdwin Chadwick (1800-1890) liderou uma campanha que culminou com uma Lei de Saúde Pública de 1848, que obrigava a ligação de todos os esgotos domésticos aos coletores urbanos, mediante a instalação da descarga hídrica, uma inovação tecnológica. A partir de então, os esgotos que só recebiam água de chuva passaram a receber enormes cargas poluidoras, principalmente matérias fecais. Se por um lado isso representou um benefício, removendo as matérias contaminadas do interior das casas, por outro começou a poluição dos rios, criando uma situação insustentável tanto na Inglaterra como nos outros países que seguiram o exemplo inglês. Em pouco tempo os rios da Inglaterra, da França, da Alemanha e dos Estados Unidos tornaram-se fontes de epidemias de cólera e tifo que dizimaram populações. Somente a partir de 1875 com a obrigatoriedade do tratamento dos esgotos e com a introdução do uso do cloro nas águas de abastecimento é que o problema foi resolvido.


Prof. Nelsinho

DESEJO

Na paz que move o sonho
Do sono profundo inconsciente
Renasce o amor como encanto
E o desejo aflora docemente

Mergulho em suas entranhas
Bebo o mel que brota em seu corpo
Na inesgotável fonte do desejo
Que mata minha sede de amor

E num jogo muito louco
Sou maior que o infinito
E no auge da loucura
Conquisto a total felicidade.
Prof.Nelsinho

Saturday, June 03, 2006

VOCÊ SABIA?

O Natal passou a ser comemorado a partir do ano de 336, quando a Igreja fixou o dia 25 de dezembro como data comemorativa do nascimento de Jesus. Antes, nessa mesma data era comemorado o nascimento de Mitra, o deus-sol de origem persa.
*
A preocupação com o fim do mundo era constante na Idade Média ( período que vai do século V ao século XV ). Segundo o historiador Richard Kenneth Emerson, o fim do mundo foi anunciado nos anos 1000. 1033, 1186, 1229, 1251,1261,1290,1300, 1310, 1325, 1335, 1345,1348,1360, 1367, 1375, 1378, 1387, 1395, 1396, 1400, 1417, 1429 e 1490. Por isso o Livro do Apocalipse foi um dos mais copiados e interpretados durante o período medieval.
*
A maior pirâmide do Egito é a de Quéops. Mede 250 metros lateralmente e se eleva a uma altura de 160 metros. Contém cerca de 2,3 milhões de blocos de pedra, cada qual pesando, em média, 2,5 toneladas. Segundo o historiador Heródoto a construção dessa pirâmide exigiu o trabalho de 100 mil homens durante 20 anos.
*
Na Idade Média a medicina era uma arte primitiva. As cirurgias eram brutais e geralmente fatais. Não havia anestésico e os pacientes morriam por perda de sangue ou por infecções, pois os médicos não compreendiam a importância de manter limpas as incisões. Os cirurgiões eram homens práticos e seus instrumentos pareciam os de um açougueiro. Alguns tratamentos parecem estranhos para nós como por exemplo a febre que era tratada com sangria. Na Idade Moderna pouca coisa mudou e em 1736 um remédio recomendado era feito com fezes de rato em pó, embora nesse mesmo ano tenha sido realizada a primeira cirurgia bem-sucedida de apendicite.
*
Em 1759 um terremoto quase destruiu Lisboa, a capital de Portugal, matando cerca de 30.000 pessoas.
Em 1785 é inventado o sismógrafo, o instrumento que mede os terremotos.
*
Professor Nelsinho Profnelsinho@hotmail.com

COMER O DEFUNTO

COMER O DEFUNTO?
Era muito comum entre os povos primitivos a prática de se comer o mortos. Acreditava-se que as virtudes do morto se transferiam para aqueles que comiam as partes em que elas se concentravam. Quem comia os pés, ganhava velocidade, quem comia os bíceps ganhava força, por exemplo. Evidentemente o morto deveria ter essas qualidades.
O historiador grego, Heródoto, conta que um antigo povo da Ásia central, quando morria um chefe, misturava pedaços de carne de gado com pedaços do cadáver e fazia um festim.
Os dayak, povo da ilha de Bornéu, misturam arroz ao líquido que provém da decomposição do cadáver e todos os parentes comem acreditando que ficam com alguma coisa do morto.
Os tupinambás, aqui no Brasil costumavam comer seus prisioneiros de guerra em cerimônias religiosas. As mulheres comiam os órgãos genitais, os adolescentes o cérebro e a língua, os convidados as pontas dos dedos e a gordura do fígado. A cabeça era reservada aos velhos e proibida aos caçadores. O pênis era reservado às mulheres e aquelas que estivessem grávidas teriam certeza de dar à luz um menino. Do corpo da mulher era retirado o “pere”, seu sexo, que era enterrado. Os intestinos muitas vezes eram enterrados por causa do mau cheiro. Os ossos eram quebrados para a retirada da medula, que as mulheres, sobretudo as mais velhas, gostavam muito.
Cada povo primitivo tinha uma razão para comer seus mortos. Quase sempre o sentido era místico. Comer carne humana para matar a fome era uma coisa rara, somente acontecia nas épocas de falta de alimentos.

Prof. Nelsinho
profnelsinho@hotmail.com.br