Saturday, June 03, 2006

COMER O DEFUNTO

COMER O DEFUNTO?
Era muito comum entre os povos primitivos a prática de se comer o mortos. Acreditava-se que as virtudes do morto se transferiam para aqueles que comiam as partes em que elas se concentravam. Quem comia os pés, ganhava velocidade, quem comia os bíceps ganhava força, por exemplo. Evidentemente o morto deveria ter essas qualidades.
O historiador grego, Heródoto, conta que um antigo povo da Ásia central, quando morria um chefe, misturava pedaços de carne de gado com pedaços do cadáver e fazia um festim.
Os dayak, povo da ilha de Bornéu, misturam arroz ao líquido que provém da decomposição do cadáver e todos os parentes comem acreditando que ficam com alguma coisa do morto.
Os tupinambás, aqui no Brasil costumavam comer seus prisioneiros de guerra em cerimônias religiosas. As mulheres comiam os órgãos genitais, os adolescentes o cérebro e a língua, os convidados as pontas dos dedos e a gordura do fígado. A cabeça era reservada aos velhos e proibida aos caçadores. O pênis era reservado às mulheres e aquelas que estivessem grávidas teriam certeza de dar à luz um menino. Do corpo da mulher era retirado o “pere”, seu sexo, que era enterrado. Os intestinos muitas vezes eram enterrados por causa do mau cheiro. Os ossos eram quebrados para a retirada da medula, que as mulheres, sobretudo as mais velhas, gostavam muito.
Cada povo primitivo tinha uma razão para comer seus mortos. Quase sempre o sentido era místico. Comer carne humana para matar a fome era uma coisa rara, somente acontecia nas épocas de falta de alimentos.

Prof. Nelsinho
profnelsinho@hotmail.com.br

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